sábado, 11 de dezembro de 2010
A "diatadura do parecer"
O coração da vida social e política deixou de ser a coerência entre o ser, o pensar, o dizer e, sobretudo, o fazer e passou a ser a "ditadura do parecer" e a retórica da omissão ou da ocultação.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
O optimista, o pessimista e o engenheiro
Teixeira dos Santos é 16.º melhor ministro das finanças
Diário de Notícias
Teixeira dos Santos em 16.º lugar no 'ranking' do FT
Diário Económico
Teixeira dos Santos desce no "ranking" dos melhores ministros das finanças
Jornal de Negócios
Teixeira dos Santos relegado quase para o final do "ranking" do "Finantial Times"
Público
FT: Ministro é o 4.º pior da Europa
Diário Digital
Nota final: o ranking é calculado tendo por base 3 dimensões, tendo o ministro português obtido as seguintes classificações:
- vertente económica: 12.º
- credibilidade: 17.º
- vertente política: 18.º
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Mudança (2)
Muito frequentemente, as pessoas e as organizações não vêem a necessidade de mudança. Não identificam correctamente o que fazer, como torná-la uma realidade com sucesso ou como torná-la permanente. As empresas não o fazem. As escolas não o fazem. As nações não o fazem."
Kotter e Rathgeber (Ed. Portuguesa - 2007), "O nosso icebergue está a derreter".
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Gripal
Espirros, doenças, doenças crónicas, contágios. Cura certa parece ainda não haver, nem vacinas. Fatalidades também não, felizmente. Para quem não se preveniu, evitando comportamentos de risco, aplicam-se transfusões, medidas em milhões de euros.
Dizem que são todos casos diferentes. Mas parece que os mercados, essas estirpes que de um dia para o outro se tornaram maléficas, mutagénicas e resistentes, são imunes à virtude da diferença. Permanentemente insatisfeitos procuram sem cessar um novo hospedeiro.
Na Grécia martelavam-se estatísticas, ocultando problemas mais profundos; aperte-se o cinto e reponha-se verdade. Na Irlanda falharam os bancos, e em grande; injecte-se dinheiro, aperte-se o cinto para pagar a factura e a produção do tigre celta deverá permitir a retoma.
E em Portugal? Aqui parece que é a economia que não funciona ... há já uma década ... muito antes portanto da crise financeira internacional. O problema é, por isso, mais grave. E a actuação errática: aperte-se o cinto; alargue-se um pouco; volte-se a apertar; não é preciso fazer mais nada porque estamos pouco expostos; o nosso património genético permitirá uma recuperação mais rápida do que a de qualquer gaulês ou germano; afinal talvez seja melhor voltar a apertar; se os outros apertam nós apertamos também. E o défice, qual cancro, não ajuda e ganha vida própria, crescendo quando menos se espera, mesmo depois de tratamentos de choque e de previsões de melhoria. Os curandeiros de serviço continuam a apregoar as suas capacidades de erradicar qualquer doença; detentores do conhecimento recusam, por princípio, a conjugação de esforços e de qualquer medicina alternativa vinda de outra tribo, indígena ou forasteira.
É aqui que as estrofes de três cantautores lusos, Jorge Palma, Sérgio Godinho e Pedro Abrunhosa, ganham novo sentido: são 7 da tarde, está-se tudo a passar, e vem-me à memória uma frase batida: vamos fazer o que ainda não foi feito!
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
Posições vitalícias vs. vitalidade das posições
"Pedimos a Vossa Majestade que as cadeiras nos estudios de Salamanca e Valladolid sejam concedidas, não de forma vitalícia, mas só de forma temporária, como acontece na Itália e noutros sítios, porque quando são atribuídas de forma vitalícia surgem muitos problemas e complicações, especialmente entre aqueles professores que, tendo tomado posse da sua cadeira, não se preocupam nem com estudar nem com ajudar os estudantes. Mas quando as cadeiras são temporárias, há muitas vantagens porque os docentes procuram voltar à sua cadeira, para aumentarem os seus salários e para terem maior audiência estudantil."
"Uma história da universidade na Europa", vol. II - "As universidades na Europa Moderna (1500-1800)", W. Rüegg (coordenador geral).
Interessante esta última referência à busca pela audiência estudantil como factor de reconhecimento do mérito; algo que à luz dos códigos de hoje seria considerado um "indicador de desempenho" integrado num qualquer sistema de avaliação.
Imaginemos uma cadeira ministrada por vários docentes; imaginemos que os alunos não são distribuídos burocraticamente por turmas de acordo com padrões de distribuição de serviço pelos docentes e de ocupação do espaço; imaginemos que os alunos possuem liberdade de escolher o mestre com quem querem aprender; imaginemos que se tiram consequências das procuras abundantes e das procuras escassas; imaginemos ...
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
A missão de Cambridge
Com 800 anos de idade é mais antiga do que a maioria dos países; tem associada à sua história nomes como os de Erasmus, Newton, Byron, Harvard (que viria a dar o nome a uma famosa universidade do outro lado do Atlântico), Babbage, Nehru e Hawking, entre muitos outros, incluindo 88 prémios Nobel; com cerca 23.000 estudantes tem 30% de alunos em estudos de pós-graduação e, destes últimos, 50% são estrangeiros; conta com 4000 docentes a tempo inteiro e com mais de 4500 não-docentes; o seu orçamento anual supera mil milhões de libras. Lidera rankings e o seu nome evoca prestígio.
Mas este legado, quase milenário, assenta em princípios que são traduzidos e comunicados de forma simples, num par de linhas: "The mission of the University of Cambridge is to contribute to society through the pursuit of education, learning, and research at the highest international levels of excellence".
E em apenas dois valores fundamentais, mas que encerram o potencial para gerar novos conhecimentos, novas atitudes e maior igualdade: liberdade de pensamento e de expressão; livre de discriminação.
Simples de dizer, difícil de praticar!
domingo, 7 de novembro de 2010
Visões de um futuro presente
sábado, 30 de outubro de 2010
Os políticos somos todos nós
"Os políticos somos todos nós. Se os políticos que ocupam os cargos são incompetentes, somos nós que os elegemos, e fomos nós, que apesar de acreditarmos que podemos ser melhores do que eles, não nos oferecemos para o lugar deles. Os políticos não seres de outro planeta que desceram à terra para nos dificultar a vida."
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Estudo desacompanhado
Há, com certeza, casos em que o processo de acompanhamento e a orientação adicional, para além da escola, é necessário e é bem efectuado. Mas não será essa a maioria das situações. Estamos a falar de uma nova necessidade, criada e alimentada. Prometem-se resultados. Usam-se os chavões da moda: desenvolvimento pessoal, ensino de qualidade, atenção personalizada, formadores reconhecidos.
Primeiro fiquei surpreendido com a quantidade de alunos que frequentam explicações no decurso do primeiro ciclo; alunos sem dificuldades especiais; provavelmente por mistura da necessidade de ocupação "útil" de tempos livres com vontade de proporcionar ferramentas para o "sucesso". Na mesma linha vi pais advogarem, como função dos ATL, a correcção dos trabalhos de casa; nada de erros no processo de aprendizagem.
Adicione-se o caso daqueles que estudam, por sistema, com os filhos, relembrando e sabendo ao pormenor toda a matéria. Multiplique-se isto ao longo dos anos e dos ciclos de estudo. Exponencie-se no secundário, quando os resultados no fim do ano, dos anos, se tornam mais importantes e decisivos. Reduza-se o papel dos formadores e professores "oficiais". Continue-se o desenvolvimento desta série no ensino superior, através do recurso a um dos muitos centros de explicações criados por alunos, ou ex-alunos, nas cidades universitárias. E gaste-se assim, na educação paralela, muito dinheiro, não contabilizado nas estatísticas oficiais dos gastos em educação.
Como resultado temos uma subtracção sistemática da capacidade individual, da autonomia, do espírito crítico, do conhecimento das próprias limitações, da confiança.
Por tudo isto não só concordo com a anunciada extinção, mas julgo que se devia ir mais longe, numa tentativa de reverter efeitos da actual situação: proponho a instituição do Estudo Desacompanhado!
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Não faça desporto! Veja!
Ora o Governo propõe que a "prática de actividades físicas e desportivas" passe a estar sujeita à taxa normal, que aumentará para 23% [Proposta de Lei n.º 42/XI, Art. 99.º]
Descubra porquê!
Eis uma pequena ajuda sob a forma da tão popular escolha múltipla:
a) É perigoso exagerar no estilo de vida saudável. Esta medida destina-se a compensar o emagrecimento resultante da previsível quebra de consumo de refrigerantes e de leite com chocolate.
b) Mais vale estar na bancada que na arena.
c) O País precisa de mais treinadores de bancada, mantendo as pessoas e os média entretidos em qualquer dia seguinte após um jogo (afinal são quase todos).
d) O autor da medida também considera que o canal Parlamento transmite "espectáculos e outros divertimentos públicos".
e) Foi apenas um teste à atenção dos muitos leitores do Orçamento. A intenção é mesmo manter os 6% para a prática desportiva e passar os restantes items para 23%. Se fôr um dos primeiros a ligar para o Ministério das Finanças tem direito a receber o 14.º mês em certificados do tesouro.
f) O PM é adepto do jogging e, para dar o exemplo patriótico, quer pagar mais impostos.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Em exibição, num cinema perto de si
"Aquilo que encontrei sempre foi um comportamento, em termos de boa gestão financeira e boas normas internacionais, incompetente e desleixado."
Carlos Moreno, juiz jubilado do Tribunal de Contas em entrevista ao Expresso, publicada na edição de 9 de Outubro de 2010.
domingo, 10 de outubro de 2010
Transparência, translucidez ou opacidade?
Para proceder a uma racionalização é preciso, previamente: a) compreender a situação actual; b) definir o objectivo a alcançar.
Fui ver um ranking recente, o do THES. Nos 50 primeiros lugares figuram 5 universidades do Reino-Unido: Cambridge, Oxford, Imperial College London, University College London e Edimburgo. Fui ver o seu orçamento. Todas estão no top 6 do que seria um ranking orçamental britânico. O seu orçamento conjunto, em 2008/2009, ascendia a cerca de 4.000 milhões de libras, o que representa quase 16% do orçamento de todas as instituições do Reino-Unido, com destaque para Cambridge, com mais de 1.100 milhões de libras. Edimburgo, com o menor valor das cinco, tinha um orçamento de perto de 590 milhões de libras. Fui ver os efectivos de pessoal académico a tempo inteiro. Conclusão análoga: mantém-se no top 6. Coincidência, causa ou consequência?
Refira-se que o orçamento de funcionamento atribuído anualmente pelo estado português a todas as instituições de Ensino Superior, universidades e politécnicos, ronda 1.000 milhões de euros (não libras). A este valor haverá ainda que adicionar verbas específicas para a acção social, receitas próprias e financiamento para investimento, mas permite ter uma ideia da diferença entre ambas as realidades.
Não pretendo embarcar em comparações simplistas, e muito menos estimar o montante necessário para construir uma universidade capaz de entrar no top 50 de um qualquer ranking. Estes dados são apenas um pretexto para considerações de outra natureza. Os números que referi para as universidades britânicas estão disponíveis na internet, à distância de alguns cliques. De igual forma poderia ter referido o número de estudantes, os países de proveniência, o pessoal académico e não académico, a inclusão de minorias, o número de abandonos, etc. etc. A Higher Education Statistics Agency encarrega-se disso (http://www.hesa.ac.uk/).
Não conseguiria dizer o mesmo das universidades portugueses. Por cá escasseiam os dados de acesso público, sobretudo em matéria financeira. Vagas, inscritos, diplomados e docentes permitem apenas traçar uma imagem muito parcial do sistema de ensino superior, revelando pouco sobre o seu desempenho e não constituindo uma base para qualquer discussão séria sobre a racionalidade ou irracionalidade do sistema, e sobre os caminhos a seguir. Pretende-se reduzir o número de instituições? Para reduzir custos? Para aumentar a dimensão? Para fomentar um melhor desempenho? Para atrair investimento? Para reordenar o território? E quais as consequências?
Esta reflexão, a propósito do Ensino Superior, aplica-se a muitos mais domínios do nosso quotidiano. Fala-se muito da sociedade do conhecimento mas estou convencido que ainda não chegamos sequer à sociedade da informação. Temos os meios tecnológicos mas parece faltar a vontade. Enquanto assim for o poder continuará a residir na posse privilegiada de informação, ou até na sua ausência, permitindo jogos e manipulações que de outra forma não seriam possíveis.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Mudança
Garry Kasparov em "How life imitates chess"
terça-feira, 5 de outubro de 2010
3 000 000 de telemóveis
Algumas associações de ideias soltas que estes números me suscitam:
- Moda, consumo, consumismo, exagero, desperdício.
- Matérias-primas, circuitos, plástico, lixo, insustentatiblidade, inconsciência.
- Custos, importação, défice, improdutividade.
- Mais palavras, menos reflexão, menos acção.
sábado, 18 de setembro de 2010
O rigor dos números
Essa informação não é verdadeira. A UP foi a universidade que mais se aproximou do pleno, tendo faltado pouco, muito pouco: 12 lugares em 4155. Totalistas apenas as Escolas Superiores de Enfermagem de Coimbra, Lisboa e Porto, instituições que têm uma natureza distinta.
Erros como estes ficam a dever-se, por vezes, a leituras apressadas ou à dificuldade de interpretar o real significado dos dados. No caso presente, a nota informativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior apresenta, para a UP, uma taxa de preenchimento de 100%. Este valor, obtido por arredondamento às unidades, está correcto. Mas o quadro que contém esta informação tem também o número de vagas e de colocados por instituição, e revela a existência de vagas não preenchidas. Os resultados, curso a curso, publicados em alguns dos mesmos comprovam isso mesmo.
Neste caso "preenchimento de 100% das vagas" não é igual a "preenchimento de todas as vagas". O destaque correcto seria "a UP preenche a quase totalidade das vagas" ou "a UP é a universidade com maior taxa de colocação". Títulos talvez menos fortes, mas correspondentes a uma informação mais rigorosa.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Sério a Sério ?
José Sócrates citado no portal do Governo a propósito da meta para o défice orçamental: "É esse o nosso compromisso e vamos levá-lo muito a sério."
Compromissos, compromissos para levar a sério ou compromissos para levar muito a sério:
- Obrigação de cumprir resultante de promessa.
- Promessa conjunta de duas ou mais pessoas ou entidades.
- Concordata entre o falido e os credores.
- Escrita vincular.
- Acordo, ajuste, convenção.
Definições para "compromisso", Grande Dicionário Enciclopédico Ediclube.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
O progresso: Vasco Gonçalves 1975 - PSD 2010
Miguel Relvas aproveitou para referir que "um decreto-lei de 1975, era primeiro ministro de Portugal o general Vasco Gonçalves", admitia "a cessação do contrato individual de trabalho por despedimento promovido pela entidade patronal ou gestor público, com base em motivo atendível." - no site da TVI.
E esta, hem?
quinta-feira, 15 de julho de 2010
É a demografia...
Fonte de dados: PORDATA, www.pordata.pt
sábado, 10 de julho de 2010
A traição nacional
terça-feira, 29 de junho de 2010
A atracção dos rankings
O actual reitor tem como propósito guindar a UP às cem melhores universidades do mundo até 2020. Marques dos Santos acredita que, em 2011, a UP estará nas cem melhores da Europa, encontrando-se actualmente quase a entrar nesse ranking. “Há quase quatro anos nem sequer aparecíamos nos rankings.” Jornal de Notícias, 20/05/2010.
According to Janez Potocnik, former European Commissioner for science and research, world university rankings are now used by politicians “as a measurement of their nation's economic strength and aspiration”, Times Higher Education, 15/04/2010.
Outra das metas é entrar nos ‘rankings’ internacionais. Para o reitor da UTL o objectivo é levar a universidade à lista das 200 melhores do mundo no ranking de Xangai, até ao final do seu mandato, Diário Económico, 16/12/2008.
In the Academic Ranking of World Universities (ARWU) by Shanghai Jiao Tong University, two Dutch research universities are among the top 100 universities of the world…, Association of Universities in the Netherlands.
O que torna estas classificações tão atraentes? Acima de tudo, o facto de gostarmos de coisas simples, de mensagens de compreensão imediata, … e de saber quem é o melhor!
Os rankings transformam a realidade complexa das universidades com múltiplas estruturas, uma variedade de programas de formação, investigação em diferentes domínios, actividades culturais e parcerias diversas, num simples número, ordenado numa escala. Isto propicia uma leitura acessível a todos os interessados - estudantes, famílias, financiadores, parceiros, estado, membros das instituições, público em geral.
Todos preferem beneficiar da aura de um ligar cimeiro numa tabela, e afirmar que estão entre os 10 melhores-de-qualquer-coisa, do que lidar com a penumbra conferida por uma posição secundária. Neste novo universo existem líderes e os outros. É esta facilidade de comunicação que confere poder aos rankings, construindo e novas imagens sobre a realidade. Imagens que perduram e que vão, elas próprias, tornando-se parte da realidade.
O seu poder é ainda ampliado pela emergência de uma verdadeira competição entre instituições e países, assente na mobilidade de estudantes, pessoal e capital, e no desejo de atrair cada vez mais e melhores recursos, ou no dizer de Winston, uma verdadeira corrida ao armamento:
Competition for excellence creates a positional arms race - a college's access to those good students and the educational excellence they bring depends on its appeal relative to other institution. [Winston, G. (2001). Is Princeton Acting Like a Church or a Car Dealer? Chronicle of Higher Education, 47(24)].De instrumentos politicamente incorrectos, simplificando ao limite a complexidade das universidades, os rankings estão a caminho de ganhar o estatuto de medida oficial de excelência. É esta a diferença, marcante, trazida pelo discurso de políticos e responsáveis institucionais, e que contradiz a defesa da diversidade das instituições, que os mesmos tantas vezes apregoam.
Continua.
quinta-feira, 3 de junho de 2010
Da superfície
P. McCaffery (2004) "The Higher Education Manager's Handbook".
Verdade muitas vezes constatada. Mas este mundo em que "operamos" não é apenas uma realidade externa, à qual temos que nos adaptar. É uma realidade construída, todos os dias, e é assim uma realidade susceptível de ser alterada. Depende de cada um de nós.