O mundo parece ter-se tornado mais inteligente. Basta ouvir descrições científicas, técnicas ou de marketing; ler políticas europeias e programas de financiamento; ouvir discursos nacionais, regionais ou locais. Estamos rodeados de telemóveis e televisões inteligentes; de têxteis e dispositivos de iluminação; de cozinhas e de equipamentos médicos; de automóveis e estradas que decidem; querem-se regiões, cidades e edifícios inteligentes.Transforma-se inteligência num adjetivo para coisas. Rareiam as referências à "outra" inteligência, tornada anacrónica ou menos importante, menos necessária, dispensável, substituível. E as pessoas?
"E quem prepara essas fitas de Educação? Serão especialistas educados para esse fim por meio de outras fitas mais avançadas? E então quem fará as fitas para esses especialistas...? E assim sucessivamente ...por mais avançadas que sejam as fitas de Educação, terão de haver em qualquer sítio homens e mulheres com capacidade de ter pensamentos originais, de inventar e de preparar as fitas com as novas técnicas...", em Profissão, de Issac Asimov.
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