Caltech é Caltech, uma instituição singular, pequena em número de estudantes e de investigadores, grande em orçamento e com uma cultura própria. Uma realidade bem diferente da média do ensino superior norte-americano, do europeu e, ainda mais, do português. O THE dedicou-lhe um artigo que vale a pena ler, e dar a ler, sem preconceitos, sem ilusões, sem mimetismos; ler com espírito aberto e questionar o que se faz e o que se diz, o que fazemos e o que dizemos, o que fazem e nos dizem. Questionar e recusar abertamente o que não faz sentido são características do espírito crítico, de uma atitude de investigação e de um ensino que se quer de nível superior.
Entre nós, quando se quer melhorar um pouco, quando não se tem a mínima ideia do que se quer fazer, quando se julga que se está a motivar outros ou a fazer política apregoa-se a excelência, de variadas formas, mais ou menos ocas e ilusórias: vamos integrar o pelotão da frente (mesmo depois de décadas entre os últimos), superar a média europeia, promover ou densificar a excelência (rarefeita até então), passar da quantidade (que em muitos indicadores nem sequer é satisfatória) à qualidade, entrar num novo ciclo, mudar de paradigma.
O melhor é mesmo passar a palavra a quem é, reconhecidamente, excelente. Fiquem então com uns extratos do artigo (que pode ser lido em http://www.timeshighereducation.co.uk/features/caltech-secrets-of-the-worlds-number-one-university/2011008.article).
Dimensão
"It is clear that Caltech is a special place, but how has it achieved this success? Rosakis’ first answer focuses on its size. “I always refer to this small size as being very similar to the size effect that exists in materials – there are special properties that exist when you are extremely small,” he explains in his airy office, the winter sun streaming through a bank of windows on to a chalkboard filled with mathematical formulae."
Propósito
“It is more important to do something that’s new than just to crank out the papers. It is not about the numbers or the citation index, it’s about looking beyond that and looking at what is new and truly different. Maybe that comes from a certain amount of self-confidence that the institution has. I think many places are very conscious of being judged by the outside, but Caltech doesn’t have that.”
Investigação fundamental
“There’s an unfortunate trend in the funding of science and engineering that focuses on ‘what are we going to get out of this in terms of application’ as opposed to ‘let’s enable the broad-based fundamental activity that has been demonstrated historically to lead to the kind of technological breakthroughs that become the dominant technologies in the world’.”
Contratação
Rosakis is much more blunt: “I cannot make mistakes when I hire. I really cannot. We have 16 faculty members in Information Science and Technology – Carnegie Mellon [University in Pittsburgh, a highly ranked research institution] has 200. If I make one hire or two hires that are wrong, I have a huge setback.
(...)
What this means is that decision-makers at Caltech spend “an enormous amount of time making sure that we identify the best available and have the resources to attract them”, Rosakis continues.
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