Depois dos cães e gatos da Ministra da Agricultura e de outras coisas, tivemos a montanha e o rato do Vice-Primeiro-Ministro. Como se costuma dizer: estamos entregues à bicharada.
Paulo Portas fez questão de se referir às 112 páginas do documento intitulado "Um Estado Melhor", como se um documento grande fizesse uma grande reforma. E o documento é grande apenas porque usa letra tamanho 16, generoso espaçamento entre linhas e amplas margens que dão para fazer anotações.Em formato de relatório normal não deve passar as 30; umas quantas a justificar o resgate, as consequeência do mesmo, o Tratado Orçamental, a diferença entre cortar e reformar (!), o que já feito, etc, etc. Retirando os lugares comuns, afirmações genéricas e pormenores fica pouco, muito pouco.
Não apresenta uma verdadeira reflexão sobre o papel do Estado, uma visão integrada, uma proposta sobre a sua intervenção em diversos setores. Pretende reduzir os trabalhadores em funções públicas, pagando-lhes melhor, mas não é claro sobre o que deixa de ser feito pelo Estado.
Muito pouco para o que o Governo pomposamente anunciou e reanunciou, e que agora tenta minimizar dizendo que as reformas têm estado a ser feitas. Muito pouco para justificar o atraso de um ano e os sucessivos adiamentos. Muito pouco para justificar uma conferência de imprensa de 45 minutos.
Amanhã entra-se mais a sério no orçamento e a montanha e o rato voltam às respetivas vidas.
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