Em artigo de opinião (Expresso, 11 de janeiro) afirma a Secretária de Estado da Ciência "Precisamos de estimular a investigação e a inserção de doutorados nas empresas, quer através de incentivos fiscais (...) quer pela alocação de fundos comunitários para esse fim, uma das prioridades para o próximo programa comunitário de apoio à C&T".
A receita é a mesma de sempre, seguida em muitas áreas: "follow the money", a eterna cenoura. Para cultivar ou colher; para apostar nas pescas ou abater frotas; para exportar; para contruir estradas ou caminhos de ferro; para apostar nas energias renováveis ou nas energias fósseis.
A verdadeira mudança seria a aposta na investigação, pelas empresas, por muitas empresas, isoladamente ou em associação, encarada como aposta estratégica própria para um futuro melhor.
A verdadeira mudança para a competitividade seria passar de um modelo de investigação "empurrado" pela oferta, de doutorados, de cursos, de fundos, para um modelo "puxado", ou pelo menos "equilibrado" pela procura, pela necessidade das empresas.
Casos haverá em que é preciso ultrapassar barreiras iniciais, criar condições para a mudança de ambos os lados, de todos os lados. Mas aqui não se trata apenas de casos. Trata-se do sistema.
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