"The screen was lit up, and it said: 'Today's arithmetic lesson is on the addition of proper fractions. Please insert yesterday's homework in the proper slot.' Margie did so with a sigh. She was thinking about the old schools they had when her grandfather's grandfather was a little boy. All the kids from the whole neighborhood came, laughing and shouting in the schoolyard, sitting together in the schoolroom, going home together at the end of the day. They learned the same things, so they could help one another on the homework and talk about it. And the teachers were people ... The mechanical teacher was flashing on the screen: 'When we add fractions 1/2 and 1/4 -'. Margie was thinking about how the kids must have loved it in the old days. She was thinking about the fun they had."
Visões de um futuro que olha para o presente, imaginado passado. O futuro estava colocado em 2157. O presente era o ano de 1951 d.c., bem a meio do último século. A Guerra tinha acabado. Do lado de cá do Atlântico, Portugal tinha universidades em Coimbra, Lisboa e Porto. O único troço de auto-estrada ligava Lisboa ao Estádio Nacional. A televisão não existia sequer: apenas chegaria meia dúzia de anos depois, algumas horas por dia, em canal único, a preto e branco. Não havia computadores pessoais, telemóveis, ou tablets. A comunicação à distância não era omnipresente e, muito menos, pessoal ou instantânea.
A informação estava organizada em livros, guardada em bibliotecas. Longe de teclas e de dedos que as correm sem as ver, a qualquer hora e em qualquer lugar. O ensino fazia-se em sala de aula. Os professores eram pessoas. Muito longe do ensino à distância, que só podia ser feito à velocidade de ida e de volta das cartas escritas em papel. Muito longe de um ideal de ensino personalizado, individualizado, acessível por todos mas ao ritmo de cada um. Muito longe das iTunesUniversities e dos Massive Online Courses dos anos 2000, de um ensino cada vez mais intermediado tecnologicamente.
Isaac Asimov imaginava dias em que o "professor" era mecânico, ajustado ao nível e ritmo de cada estudante, presente em casa. Em que as crianças diziam com a mesma naturalidade "I hate school". E em que, um dia, olhariam para trás imaginando o passado. Um passado divertido.
What Fun They Had, é um conto muito rico, que ocupa apenas três páginas e meia de livro em formato de bolso, já algo amarelecidas, como as do livro que Margie encontra.
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