quarta-feira, 5 de abril de 2017

O ar que respiramos



Sobre as Universidades, a propósito da Universidade do Porto. Lugar de pluralidade de visões e opiniões, na investigação, por natureza, mas também no ensino, na relação com outras entidades e pessoas, na gestão, no pensamento sobre a própria Universidade. Integrando e dando espaço às pessoas. Contando com as pessoas e fazendo com que as pessoas contem. Zelando pela qualidade do ar. Agindo quando ela se deteriora. Abrindo a janela para que entre outro ar. Provocando uma corrente de ar. Saindo para outro espaço e outro ar. Prevenindo a sua deterioração. Com renovação. Com movimento. Espaço. Ar.

"Mas a riqueza da Universidade é outra coisa: é antes de mais a pluralidade das visões e opiniões que alberga, integra, debate e põe em confronto. A Universidade é o lugar do conflito de ideias num contexto de harmonia e paz entre as pessoas. A Universidade cumpre-se assim tanto mais, quanto mais integrar e der espaço às pessoas que dela fazem parte, durante uma vida de trabalho, quer seja ou não docente ou investigador, ou apenas durante uns anos, como estudante."

"A água torna-se a questão central do peixe quando o tiramos para fora da água; e também nós, quanto temos falta de ar ou quando o ar que respiramos não tem qualidade, passamos a colocar no centro das nossas atenções algo em que habitualmente não reparamos, ou nem notamos ou cuja qualidade não refletimos, apesar da sua ubiquidade, e provavelmente por causa de tal ubiquidade."

"(...) e é preciso que mais pessoas estudem, pensem, leiam, escrevam, proponham e façam para que a Universidade se cumpra."

Rodrigo Medeiros, Federação Académica do Porto, na Sessão Comemorativa do 106.º da Universidade do Porto
https://drive.google.com/file/d/0B0Hxw1-OkthJbUF5WWZDZ3lHc3c/view

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