domingo, 30 de outubro de 2016

Universidade(s) em debate

Realizou-se na semana passada o Congresso da Universidade do Porto (26 a 28 de outubro), um forum de debate sobre o futuro das Universidades e da Universidade. Um forum aberto, ao interior e ao exterior, com disponbilização dos resumos das intervenções (http://congresso2016.up.pt/congress-abstracts/) e com transmissão da última sessão do Congresso (para ver e ouvir em http://congresso2016.up.pt/direto/), que contou com as seguintes intervenções:

University Governance and EU Competitiveness
Jo Ritzen, Professor da Universidade de Maastricht

Universities – Key Institutions for the XXI century in Europe.
Eduardo Marçal Grilo, Presidente do Conselho Geral da Universidade de Aveiro

Com comentários de:
José Manuel Mendonça – Faculdade de Engenharia
Sofia Castro Gothen – Faculdade de Economica
Fátima Lisboa – Faculdade de Belas-Artes

Debater a Universidade do Porto no contexto dos desafios e oportunidades para a ciência, a tecnologia e o ensino superior em Portugal.
Manuel Heitor, Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Congress Conclusions and Closing Remarks
Sebastião Feyo de Azevedo, Reitor da Universidade do Porto

sábado, 29 de outubro de 2016

Participar

Participar.
Pela partilha.
Do que cada um tem.
Para proveito de todos.
Independentemente de "lados".

"Se há um capital de experiência e reflexão, ele tem de ser partilhado, isso é suprapartidário, é um magistério. Nunca seria um político. Primeiro, porque sou pragmático, gosto de resultados limpos. Segundo, tolero mal a crítica. E terceiro, gosto de ser eu a selecionar as situações."

João Lobo Antunes em entrevista.
http://expresso.sapo.pt/sociedade/2016-10-27-Um-Deus-com-os-olhos-em-baixo

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Ensino Superior, Ciência e Tecnologia em debate

Em 2013 compilei alguns dos documentos de referência sobre o Ensino Superior em Portugal, acessíveis aqui.

Nos últimos dias o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior colocou, no espaço público, mais uns quantos, para debate e recolha de contributos. Aqui ficam as ligações. Porque exprimir opinião é importante; porque debater é necessário; porque acredito que nem todos os documentos estejam fechados; porque há caminhos ainda por trilhar; porque há alertas a dar; porque há coisas por aprofundar; porque há ideias por explicar.

Modernização dos sistemas de C&T e de Ensino Superior e estímulo ao emprego científico.

Relatório sobre a avaliação do acesso ao Ensino Superior.

Proposta de Orçamento de Estado para 2017, neste domínio.


Vale a pena refletir ainda sobre um outro, disponível através da seguinte notícia da Universidade do Porto, e que é o texto do Contrato entre o Governo e as Universidades Públicas Portuguesas no âmbito do Compromisso com a Ciência e o Conhecimento.

Esta será uma lista em atualização, tendo em consideração os anúncios que vêm sendo feitos pelo Ministro, sobre novas iniciativas nestas áreas.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A catástrofe da paralisia

Relatos na primeira pessoa. Relatos de perda; de um mundo que mudou de um dia para o outro; da confiança e da desconfiança no sistema; do sentido de dever; da fé no homem soviético; da coragem, da imprudência e da bravata; do medo; de amor; de outras guerras e desta nova guerra; da falta de conhecimento, da incompreensão, do medo do conhecimento e dos dilemas de quem conhece; da obediência; da revolução; da resistência; do desespero; da culpa; da justificação; da reflexão; da sobrevivência; da vida com a natureza. Fragmentos de vidas. Vida que poderiam ter sido diferentes.

"Já as regras do jogo pressupõem que, se não agradares aos teus superiores, não serás promovido, não irás de férias para o sítio que queres nem receberás uma datcha melhor... Tens de agradar... (...) Tinham mais medo da ira dos superiores que do nuclear. Cada um aguardava por um telefonema, uma ordem, mas não tomava nenhuma iniciativa. Era o medo da responsabilidade pessoal."

Extrato do testemunho de Vassíli Boríssovitch Nesterenko, antigo diretor do Instituto de Energia Nuclear da Academia das Ciências da Bielorrúsia, e da impotência para ultrapassar a catástrofe da paralisia.

Em "Vozes de Chernobyl - História de um desastre nuclear", de Svetlana Alexievich (2013).




sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Key challenges for governments

Ensaio sob o mote "Key challenges for governments in improving the performance of Higher Education Systems (HES)", escrito para outros destinos (setembro de 2016).

There is a significant diversity of (HES) if one considers the level of national economic and societal development, the degree of autonomy granted to Higher Education Institutions (HEIs), the number and nature of higher education providers (which may include both public and private, as well as universities and polytechnics), the resources made available for tertiary education (being it human, financial or material) and, last but not least, the individual and social expectations on the mission of higher education.

Furthermore, systems evolve within a context of change, powered by an increased access to knowledge and enhanced mobility of knowledge holders, meaning not only more cooperation but also more competition.

Thus the rational for HES performance improvement cannot be detached from the specifics of each system, in place and time. There are, nevertheless, ever present themes such as the delimitation of the roles and responsibilities of governments, HEIs and agencies, and the very own definition of outcomes and measures. The former addresses institutional autonomy. One should bear in mind that there is no such thing as “the” right level of autonomy, since this is a social construct which cannot be decoupled of the actual functioning of society at large. It is a considerable, albeit needed, challenge for governments to question, and revise, autonomy boundaries and settings, since they may have a significant impact on the overall performance of HES. The later usually includes, but is not limited to, the population graduates ratio (qualification), unemployment rates among the tertiary educated (a proxy for labour market relevance of higher education), papers and citations (HEIs are a major research player), and innovation indicators (patents, start-ups).

However, when addressing system performance, governments have the responsibility to move beyond these metrics, already in use by most HEIs, and to look upon access equity and social mobility, territorial imbalances, individual development through education and socio-economic development through the use of knowledge, internationalization and attractiveness. As it is their responsibility to promote efficiency in a context of severe financial constraints, competition for resources and a demand for more accountability and transparency.

All these issues will determine the drivers available to governments for HES steering and improvement. There is no doubt that funding systems will remain an important driver requiring, in turn, a very sensible formulation and use, since they easily may lead to unintended consequences, such as institutional uniformity, whereas diversity is sought, a winner-takes-it-all result instead of across HES excellence, or mission drift.

But the major challenge for governments, in a domain where public funding is dominant, and where action and economic and societal outcomes may easily differ from a decade, remains the promotion of a broad social and political consensus on the path to follow, the resources to commit and the instruments to use, thus enabling the formulation and the effective prosecution of long or medium-term approaches at national levels, far beyond electoral cycles, and allowing for comprehensive HEI strategies.

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Apenas Notas

As Notas Sobre o Ensino Superior fizeram parte, entre 2012 e 2016, do Click, um programa da Universidade de Aveiro que passa aos sábados, na Antena 1, dentro do espaço "Os Dias do Futuro".

Foi um desafio que me foi lançado, e sempre renovado com entusiasmo, pela Catarina Lázaro. Um desafio difícil: o de transportar para um público alargado temas tantas vezes, vezes demais, confinados apenas a pessoas da área; o de combinar informação e opinião; e o de não ultrapassar os dois minutos de duração! Difícil também porque o público, que se acredita estar do outro lado, é invisível; as reações que chegam são poucas e, normalmente, de gente conhecida. Quanto ao tempo, excedi-o regularmente numa vintena de segundos por sessão. Quanto ao teor fica ao critério de quem ouviu e de quem agora pode ler, ou reler. Obrigado Catarina, por esta experiência radiofónica!

Reflexões. Universidades. Ensino. Ciência. Políticas anunciadas. Medidas. Falta de umas e de outras. Errância. Temas recorrentes. Opinião. Mudanças de opinião. Contradições. Comunicação. Discursos. Perceções. Realidades.

Aqui ficam.

Apenas Notas.


Há Universidades a mais?

Formação e emprego

Financiamento do Ensino Superior

Um trekking de alta montanha

O que vemos ao olhar para um telemóvel?

Mitos

Rankings: Manusear com cuidado!

A Rede

Trabalhadores não-não

Estudo e relatórios

Da Autonomia

Desemprego e vagas: ligações perigosas

Colocar em perspetiva

A reforma do ensino superior

2014

Eu patenteio, tu patenteias, ..., nós patenteamos (pouco), eles patenteiam (muito)

A ponta da cauda

Um novo modelo de financiamento?

Mais superior

Falando de propinas

Internacionalizar

O tempo dos consórcios

Empregabilidade

O mar que sobe

Um fenómeno estranho!

Revolução

Autonomias

Cabelos brancos

Binário?