segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Informação, Debate, Ação

Concordo com António Barreto quando diz:

"Em Portugal há pouco debate público. Talvez se fale muito, mas discute-se pouco. À discussão falta frequentemente a informação e o conhecimento necessários à formação de uma opinião livre."

Ou, como consta do estatuto editorial da mesma publicação, XXI, Ter Opinião, da Fundação Francisco Manuel dos Santos:

"XXI, Ter Opinião acredita que a existência de uma opinião pública informada, empenhada e interveniente é condição fundamental da democracia e da dinâmica de uma sociedade aberta e que tal passa pela exposição descomprometida e aberta de ideias e propostas diferentes, contrastantes e originais, capazes de permitir que cada cidadão forme, em liberdade e com sentido crítico, as suas convicções."

Informação, conhecimento, debate, diferenças, abertura, espírito crítico, ação! Ingredientes necessários, todos eles, a uma sociedade melhor e mais democrática.

Este é um tempo de grandes incertezas e de caminhos nunca trilhados, o que só por si nos devia conduzir a questionar verdades absolutas, soluções únicas e redentoras, ou a valorização do pensamento uniforme. Este é um tempo em que não basta receber, sem questionar, a informação transmitida por intermediários. Este é um tempo em que o contraste de ideias e a originalidade são primordiais. Este é um tempo em que o sentido crítico e a ação são imprescindíveis.

sábado, 3 de dezembro de 2011

Austeridade

Em semana de discussão final do Orçamento de Estado, de alterações táticas e de pormenor, de discussão sobre grupos privilegiados ou grupos prejudicados, de figuras envergando roupagens de defensores dos pobres ou da classe média e, finalmente, da aprovação do dito.

"It is deliberate policy to keep even the favoured groups somewhere near the brink of hardship, because a general state of scarcity increases the importance of small privileges and thus magnifies the distinction between one group and another".

Em 1984, de George Orwell.

A complementar com a leitura de Pacheco Pereira no Público de hoje, sobre a oscilação política entre a austeridade como virtude e a austeridade como instrumento.