quinta-feira, 16 de outubro de 2008

3 Questões sobre os mercados financeiros

1. As trocas (compras e vendas) de curto prazo contribuem para a solidez da economia real?
2. Faz sentido taxar (limita de forma desigual - quem pode paga) ou limitar verdadeiramente este tipo de trocas?
3. Devemos caminhar para um novo sistema em que não tenhamos meros detentores de acções (shareholders) mas sim verdadeiras partes interessadas (stakeholders), em sintonia aliás com a perspectiva de longo prazo recomendada aos investidores?

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Autonomia universitária, a falta dela e os problemas da regulação

No contexto actual de crise global, que faz recentrar as atenções no papel das instituições, do Estado e dos poderes e mecanismos de supervisão e regulação, eis duas citações sobre a questão da(s) autonomia(s) universitária(s).


A propósito das diferentes concepções de autonomia presentes na Europa, e em especial da diferença entre o modelo britânico e o modelo continental, escreve Guy Neave:

"In effect, the Guardian Relationship between State and University in its Humboldtian version and its variants ensured Academic Autonomy. It did not necessary subscribe to Institutional Autonomy. On the contrary, the lines of accountability were laid down in the greatest detail..."

E mais à frente:

"This was not so in Britain. Institutional Autonomy was an essential principle." "Other differences follow from this condition, not least of which the view that Institutional Autonomy is the prior condition that guarantees Academic Autonomy. To the British academic, without the first, the second is precarious at best."

Extractos de "From Guardian to Overseer; Trends in Institutional Autonomy, Governance and Leadership" in Políticas de Ensino Superior - Quatro Temas em Debate, Edição do Conselho Nacional de Educação, 2007.


Na edição de hoje do Diário Económico,e a propósito do Orçamento de Estado para 2009, Pedro Lourtie escreve:

A recuperação orçamental que se anunciava para 2009, afinal não está à vista. E a promessa de que o MCTES acorrerá às situações de incapacidade para honrar os compromissos, com um fundo a distribuir casuisticamente, é perverso. As instituições ficam na dependência da caridade do MCTES e a autonomia torna-se uma noção remota. Por este andar, as reitorias e presidências das instituições de ensino superior públicas passarão, de facto, a morar no Palácio das Laranjeiras.