Crescimento sempre, mesmo num mundo que nunca teve tanta gente e que nunca consumiu a uma taxa tão elevada. Os nossos hábitos de consumo parecem confirmar esta crença inabalável - por certo muitos já esqueceram o petróleo a 140$/barril, há apenas um ano. Os indicadores que utilizamos vão no mesmo sentido: número de novas casas, mesmo quando excedam o número de famílias; número de novos carros, mesmo que destinados a cidades saturadas; número de telemóveis, em que somos recordistas; número de computadores; e muitos outros números. Números cuja manutenção requer agora o forte apoio dos governos. Números provavelmente insustentáveis e que vão gerar mais desemprego.
Em O fim do petróleo James Kunstler escreve:
"A imaginação colectiva do povo, no entanto, não consegue entender a noção de uma economia sem crescimento, embora os limites do crescimento se evidenciem em tudo o que nos cerca, desde as paisagens suburbanas pavimentadas, até aos preços da gasolina que sobem em flecha, às formações aquíferas esgotadas, ao fim da pesca do bacalhau no Atlântico. Não somos capazes de conceber outra via económica que não seja o crescimento. Somos reféns do nosso sistema."
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