Texto público no Expresso de 13 de setembro de 2024, sobre um tema que já tinha passado nas Notas em 2018, à data da proposta do governo.
Na última edição, a propósito da concentração de estudantes universitários em Lisboa e Porto, recordava-se a proposta do ministro Manuel Heitor (2018) de reduzir vagas nestas. Invocaram-se então os exemplos da Áustria, apontado como o segundo país com maior concentração de estudantes em duas cidades (Viena e Innsbruck), com 31%, e Espanha, com 27% em Madrid e Catalunha.
Faltou, no entanto, um olhar atento sobre o território. As províncias de Viena e Tirol (onde se situa Innsbruck), representavam à data 30% da população austríaca. Peso semelhante tinham as regiões de Madrid e Catalunha. Em Portugal, as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto acolhiam 44% da população, a que se poderia juntar aqui, residentes em Leiria e Santarém, distritos sem universidades públicas.
Sim, deste ponto de vista Portugal será o mais bipolar, em sentido literal e até figurado. Mas nestes três casos a concentração de estudantes assemelhava-se à da população.
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