sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Despesa em I&D - T1. Ep. 3 - O Regresso ao mar

Depois da tempestade em terra, protagonizada pela parte do Governo que tutela a ciência, e depois da mão dada, em termos orçamentais, pela parte do Governo dedicada à Economia, surge agora a visão vinda do mar, via Presidência do Conselho de Ministros.

A agenda dos programas de I&D deve pressupor o investimento em recursos humanos qualificados e em infraestruturas de ciência e tecnologia ligadas aos mares e oceanos, bem como a otimização dos recursos existentes, o fomento e reforço da cooperação, a partilha de meios entre instituições nacionais e a participação ativa e devidamente enquadrada nas redes internacionais. A I&D deve ser financiada de forma estável e com consistência programática, orientada para as necessidades funcionais e de conhecimento que decorrem da implementação da ENM 2013 -2020. 
em "Estratégia Nacional para o Mar 2013-2020", aprovada pelo Governo.

Investimento em recursos humanos qualificados, dizem.
Financiamento estável e com consistência programática, escrevem.
Mais do que a apregoada cooperação interministerial parece ser um caso de cacofonia governamental.

A que se pode também juntar o recente anúncio, pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros, da integração do Instituto de Investigação Científica e Tropical na Universidade de Lisboa. Instituto cuja tutela fora exercida, em anterior Governo, pelo então Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior em articulação com os Negócios Estrangeiros; que na configuração inicial do atual Governo (julho de 2011) foi integrado na Presidência do Conselho de Ministros; que transitou para os Negócios Estrangeiros (maio de 2013) e que agora, parece, regressará à esfera da Educação e Ciência, não sob a alçada do Ministério mas integrado numa Universidade. Na Universidade de Lisboa que no processo de fusão que lhe deu origem tinha já recebido o Estádio Universitário de Lisboa.

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