Terminou hoje o "campeonato dos debates" e nem uma palavra sobre o papel do Parlamento ou dos deputados. Nem uma palavra sobre a valia dos candidatos. Nem uma palavra sobre a participação dos cidadãos na política.
Aparentemente não estaremos a eleger 230 deputados que, graças a todos nós, votantes e contribuintes, passarão os próximos quatro anos na Assembleia da República. Aparentemente não estaremos a eleger deputados em círculos distritais.
Os líderes partidários, jornalistas e comentadores de ofício pretendem fomentar a ideia de que o nosso voto é num candidato a Primeiro-Ministro; será um voto em José Sócrates ou Manuela Ferreira Leite ou, pelo menos, contra um deles.
Talvez assim devesse ser. Votávamos para Primeiro-Ministro e distribuímos os lugares do Parlamento em conformidade com o resultado. Mas também nenhum partido o propõe.
Coerência? Políticas de verdade ou com verdade? Dignificação do parlamento?
Nada disso. Apenas mais uma oportunidade perdida de valorizar a actividade política!
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