No programa, que hoje apresentou, o CDS dedica uma única medida específica ao Ensino Superior: a obrigatoriedade das instituções de Ensino Superior disponibilizarem um "índice de emprego" dos cursos que ministram.
Esta medida aparece em conjunto com uma breve menção à necessidade de distinguir a qualidade dos cursos existentes, não se referindo contudo à adequação (ou não) da actual Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior.
E não é apresentado qualquer outro enquadramento mais abrangente, seja o da discussão da rede de ensino superior, do financiamento das universidades ou do seu eventual contributo para a criação de valor.
Assim, o desenvolvimento do ensino superior fica resumida a uma mera função da procura, por estudantes, a qual se espera determinada pela perspectiva de obtenção de emprego no curto prazo. O mercado de emprego condicionará a procura, à qual a oferta se deve ajustar.
É pouco e redutor, até porque implica olhar mais para trás (para as estatísticas do passado, para os empregadores do passado) do que para a frente (os empregos que se querem criar, as competências que se antevêm necessárias).
O tema da empregabilidade consta também do programa do PSD, bem como de diversas intervenções públicas ou opiniões expressas, em particular, nos últimos anos, em que formação, garantia de trabalho, obtenção de estabilidade e nível salarial são frequentemente associadas. Voltarei a este tema.
Quanto à ciência fica apenas o objectivo de "apostar na inovação e investigação sobre o mar".
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário