Press "Pause". Tempo e memória; o que se esquece e o que fica gravado. A vertigem dos ritmos de hoje. As modas que, por o serem, não perduram e são incessantemente susbstituídas; estar na moda, estar fora de moda. O vazio gerado pela busca incessante de algo de novo, anulando o significado do ontem e do hoje, rementendo a vida em suspenso para um hipotético amanhã. O ruído de que nos rodeamos; sons que impedem de ver claro e que nos mantêm na corrente. Continue.
"O mais importante é que perdemos a ideia de qualidade. A qualidade de viver. Como é que se reconhece essa qualidade? É aquilo que permanece. A melhor relação de amizade é a que permanece para a vida. A melhor qualidade de um objeto de mobiliário é a sua capacidade de permanecer para lá do tempo. É o que fica. Criámos uma sociedade em que perdemos a noção de qualidade e de permanência. Tudo tem de mudar permanentemente. Quando estamos intoxicados pela ideia de que o novo é, por definição, melhor, perdemos tudo. Com esta perda de qualidade, criámos um gigantesco vazio. E este vazio, a única maneira de lidar com ele é ir à procura de barulho, de coisas. Mas não é sustentável."
Rob Riemen em entrevista, no Expresso de 29 de abril.
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