"No decurso da Idade Média, apareceram outros funcionários na maior parte das universidades, com designações diferentes. Assim o notarius (em Bolonha e Paris) e o dictator (em Lovaina) desempenhavam o papel do secretário. Este cuidava da matricula, registava os actos oficiais da universidade e redigia documentos e cartas. Em Oxford, o funcionário ou escriba do chanceler é mencionado pela primeira vez em 1428. Em 1447 foi instituído o cargo de secretário. Este tinha de ter o grau de MA (Master of Arts) e ser um notário público; nas universidades pré-humanistas e humanistas, tinha de possuir bons conhecimentos de latim e de caligrafia. Outro pessoal académico assalariado incluída os syndici, ou assessores jurídicos e procuradores, da universidade ou da faculdade. Tratavam dos assuntos jurídicos e das propriedades do studium. O litígio parece ter sido bastante popular na vida académica medieval e, por isso, ter assistência jurídica profissional permanente não era um luxo. Nomeavam-se funcionários para cobrarem propinas e manterem uma contabilidade - dois massari (tesoureiros) em Bolonha, o recebedor-geral em Paris ou Orleães e os procuradores em Oxford e Cambridge. (...). O capelão era, normalmente, um membro da comunidade, por vezes um estudante, mas, normalmente, fazia parte do pessoal. (...). Só com a expansão das bibliotecas universitárias, após a invenção da imprensa, é que os bibliotecários se tornaram funcionários importantes da faculdade, nação e colégio das universidades."
Uma História da Universidade na Europa. Vol I - As Universidades na Idade Média. Coordenador Geral: Walter Rüegg.
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