Estes últimos 10 dias estão cheios de boas notícias; boas notícias sobre Portugal e o seu futuro.
Apesar de não sabermos sequer se temos um governo, meio governo, desgoverno ou que governo, o País, o País verdadeiro, aquele que está longe das cúpulas, dos telefonemas ansiososos, dos holofotes e dos comentadores, continua a funcionar. As instituições não colapsaram, as pessoas não ficaram prostradas, as empresas não fecharam. Há vida para além do Governo.
Uma semana depois da queda abrupta das bolsas, provocada pelos que professam a magna importância da estabilidade, ei-las que, viçosas, já recuperaram das perdas. Os fundamentais das empresas e da economia não foram afetados, o balanço global não é negativo e apenas o dinheiro mudou de mão, muito dinheiro. De entre gestores do risco, apostadores ocasionais ou compulsivos, manipuladores e gente que simplesmente se assustou, ou foi assustada, ganharam uns e perderam outros. O País não notou.
Os juros da dívida subiram e estes, ao contrário de outros objetos, sobem sempre mais depressa do que descem. Mas este perigo apenas se concretiza quando se vai ao mercado e, como já nos disseram, temos o financiamento deste ano assegurado. São apenas um indicador que pode ser gerido, calmamente, durante mais uns meses. Há tempos distintos.
Parece que eleições seriam sinónimo de desastre; apesar de, no essencial, nada irem mudar porque, dizem-nos, qualquer governo terá que seguir a mesma cartilha. Ora os mercados, inteligentes, sabem que a solução é quase única, pelo que, afinal, não há razões para alarme. As eleições poderiam até ter o efeito positivo da escolha, das escolhas individuais e coletivas; e legitimariam um governo para mais quatro anos - estabilidade q.b. - que tanto podia integrar um ou mais partidos, em várias combinações.
Só falta a economia crescer, mas estamos no bom caminho!
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