sexta-feira, 24 de maio de 2013

E há tanto para fazer, no mundo

Alternâncias e ciclos. Palavras usadas por quem quer ascender ao poder, por quem quer pemanecer no poder, por quem se vê a sair do poder. A alternância dita democrática como movimento pendular, ora para cá, ora para lá, com o pêndulo fixo no mesmo ponto, oscilando entre os mesmos extremos. Fim de ciclo, início de outro; nova corrida, nova viagem; e a história que se repete. E o mundo? E os outros?

"Percebe-se, deste modo, como as alternâncias, ou os ciclos, na governação (a nível nacional, europeu ou mundial) não nos podem excitar quer intelectual, quer moralmente. É que só deles parecem beneficiar aqueles que se organizam vitoriosamente para a conquista do poder político público. O mundo que espere.
E há tanto para fazer, no mundo. E tanto por fazer. Há certamente que começar, de novo, mas sem iniciar mais um ciclo. Há que quebrar a ignorância, fazendo reviver a esperança. O futuro será luminoso, se iluminado pelo conhecimento dos erros do passado."

João Caraça em À procura do Portugal Moderno (2003)

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