"Não há neblinas só em Portugal. Também as há na Europa. Desse mundo brumoso, ergueu-se o paradigma de Versalhes e, também, o paradigma mais antigo do castelo feudal, habitado por grupos de cidadãos por vezes egoístas.
Portanto, retrocedemos, e muito, nas últimas décadas. Talvez isto tenha acontecido mais no sul da Europa; talvez mais em algumas classes sociais do que noutras. Mas, na generalidade, somos vãos, fúteis, decadentes.
E a única solução consiste em cada cidadão tomar de assalto a Bastilha de si mesmo e transformar-se noutra coisa. Voltarmos a ser clara e humildemente pessoas - é essa a saída a longo prazo."
"A neblina portuguesa", Gabriel Magalhães, in Courier Internacional, Fevereiro de 2011.
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