domingo, 13 de fevereiro de 2011

Weimarzinho

Vale a pena ler Pacheco Pereira, no artigo que intitulou "Weimarzinho" e que foi publicado no jornal Público, no dia 12 de Fevereiro. Eis um extracto que ilustra bem muito do que se passa na nossa sociedade: uma demissão da cidadania em prol de um conforto comprometido; um desprezo pelo saber encarado como ameaçador ou elitista por quem sabe menos; e uma certa desesperança.

"Weimarzinho significa também essa cobardia de espírito, de acomodações e silêncios, a dissolução do pensamento e da coragem cívica, essa "destruição da razão" substituída pelos incêndios românticos de livros. (...) Um imbecil igualitarismo entre quem estuda e quem dá "bitaites", perdoe-se o plebeísmo, entre quem conhece e quem "acha", entre quem sabe e o arrogante iniciante e ingnorante que acha que por escrever um blogue tem o direito de ser "igual". (...) Dissolução do pensamento, apatia, preguiça, aceitação do inaceitável, cada dia com a sua cedência, à moda, ao espectáculo, à raiva populista e demagógica, para se passar pelo meio da chuva e "não se chatear". Direitos, deveres, procedimentos, regras, cada dia têm menos valor."

Conseguiremos voltar a não aceitar o inaceitável?

Sem comentários: